30
jan
2020
Revista Continente lança podcast
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Estreia de Trópicos marca os 20 anos da publicação da Companhia Editora de Pernambuco
A Revista Continente, editada pela Cepe, lança seu podcast Trópicos, nesta quarta-feira, 29 de janeiro. O programa, que será quinzenal, faz parte da celebração dos 20 anos da publicação, completados este mês. “A ideia é que a programação traga formatos diversos, com comentários, debates, entrevistas, histórias... Queremos experimentar de tudo”, diz a editora-assistente da Revista, Mariana Oliveira. “O podcast é mais uma ferramenta para oferecer conteúdo de qualidade, com a mesma linha editorial da revista”, completa a editora da Continente on-line e das redes sociais Olívia Mindêlo.
Os programas terão em média 40 minutos e estarão disponíveis através das principais plataformas de streaming de áudio - Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts, Castbox, Breaker, Pocket casts, Radio public e Stitcher. O Trópicos piloto discute o jornalismo cultural e a trajetória da própria revista nesses 20 anos, com toda a equipe de conteúdo: além de Mariana e Olívia, participam a editora Adriana Dória, e as repórteres especiais Luciana Veras e Débora Nascimento.
Há ainda depoimentos de jornalistas, artistas e formadores de opinião locais, como o cineasta Lírio Ferreira, o músico e jornalista Marco Polo, a jornalista Michelle Assumpção, e o produtor Roger de Renor que estiveram presentes na festa de lançamento do livro 30 entrevistas da Revista Continente, em novembro do ano passado.
A segunda edição de Trópicos sairá extraordinariamente no dia 5 de fevereiro por causa do Oscar. A proposta é comentar os filmes indicados e analisar o que significa a indicação do longa brasileiro Democracia em Vertigem à categoria de Melhor Documentário. “Comentamos também a própria relevância das discussões em torno do Oscar, que mexe com a cultura pop, é um catalisador de mercado”, revela Luciana Veras, que comanda esta edição ao lado de Débora Nascimento. “Também falaremos da ausência de Bacurau (Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles) na disputa”, complementa Luciana.
27
jan
2020
Chamamento ao povo brasileiro, Carlos Marighella
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Chamamento ao povo brasileiro
Carlos Marighella
Organização de Vladimir Safatle
Coleção Explosante
Ubu Editora
Reunião de ensaios, cartas, manifesto e poemas de Carlos Marighella, incluindo textos que só circularam clandestinamente, com nova edição após muitos anos fora de catálogo. Militante comunista desde a juventude, deputado federal constituinte e, depois de romper com o PCB, fundador do maior grupo armado de oposição à ditadura militar – a Ação Libertadora Nacional, Marighella já foi considerado o "inimigo número um" do regime.
A ALN chegou a participar de assaltos a bancos, carros-fortes e trem-pagador, e do famoso sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, ainda que seu líder não soubesse da operação. Seus métodos fizeram com que Marighella se tornasse uma das figuras mais controversas da história do Brasil.
O volume inclui o livro integral Por que resisti à prisão (1965); textos de análise política do país e a ruptura com o PCB; e escritos sobre a luta armada, incluindo Frente a frente com a polícia e Cartas de Havana. Alguns dos poemas e sátiras de Marighella podem ser lidos ao longo do livro.
Veja também o filme
Alvo de muitas controvérsias e esperado desde o ano passado, finalmente foi anunciada a data de estreia para o filme Marighella, dirigido pelo ator Wagner Moura. Inspirado na biografia escrita pelo jornalista Mário Magalhães e lançada em 2012, o filme aborda os últimos 5 anos de vida de Carlos Marighella, escritor, político e guerrilheiro, de 1964 até sua violenta morte em uma emboscada, em 1969. O filme foi apresentado em Berlim, em fevereiro do ano passado, além de ter sido exibido em festivais menores, como em Goa, na Índia, e Bari, na Itália.
A data estabelecida inicialmente para o lançamento era 20 de novembro. Dois meses antes, no entanto, a produtora O2 Filmes cancelou a estreia no Brasil alegando que “não conseguiram cumprir a tempo trâmites exigidos pela Ancine [Agência Nacional do Cinema]”.“Os produtores haviam escolhido o mês de novembro, que marca os 50 anos de morte de Carlos Marighella, e o dia 20, da Consciência Negra, para a estreia. No entanto, a O2 Filmes não conseguiu cumprir a tempo todos os trâmites exigidos pela Ancine”, diz comunicado da empresa.
Entre os integrantes do elenco, estão o cantor Seu Jorge, interpretando Carlos Marighella, e os atores Bruno Gagliasso, Humberto Carrão e a atriz Adriana Esteves. Confira o trailer:
22
jan
2020
Desafio Literário 2020 - Café com Gláucia e Conversa de Livro
Olá, amigos leitores! Tudo bem com vocês, espero que sim. Já começamos a tirar as teias de aranha lá no instagram e iremos fazer o mesmo aqui no blog. O Conversa de Livro, em parceria com o Café com Gláucia, lança o Desafio Literário 2020 e convida todos os seguidores/leitores a participarem junto conosco.
Um desafio literário é uma forma de incentivar a leitura, de modo geral, e também um motivo para lermos títulos que não leríamos normalmente.
Então, estamos propondo um tema ou autoria por mês para ser lido e compartilhado conosco. Sugerimos que escolham com antecedência os títulos que vocês pretendem ler e que se encaixem nos temas ou autores definidos para que consigam cumprir as metas de leitura ao longo do ano.
Ao final de cada leitura, os participantes devem postar uma foto do livro e um breve comentário sobre ele no Facebook ou Instagram, sempre marcando os perfis @cafecomglaucia e @conversadelivro e a hastag #desafioliterario2020
Então, mãos à obra e façam suas escolhas!
Esperamos que 2020 seja repleto de boas leituras!
Qualquer dúvida ou sugestão, é só enviar mensagem pelas nossas redes ou deixar um comentário neste post. Abaixo eu conto para vocês um pouco das minhas escolhas para este desafio.
Janeiro: Nua e Outros Poemas, Dayane Tosta
Fevereiro: 18 crônicas e mais algumas, Maria Rita Kehl
Março: O sol também é uma estrela,Nicola Yoon
Abril: Poesias nunca publicadas, de Caio Fernando Abreu
Maio: Bruxa Akata, de Nnedi Okorafor
Junho: Amiga de Juventude, Alice Munro
Julho: Intrusos, Adrian Tomine
Agosto: Madrugada de Farpas, Paulo Venturelli
Setembro: Despertar, Octavia Butler.
Outubro: Palmares de Zumbi, Leonardo Chalub
Novembro: Se a rua Beale falasse
Dezembro: Um sopro de vida, Clarice Lispector.
E você, conhece algum livro desses que irei ler? Está participando de algum outro desafio literário? Conta pra mim nos comentários! Beijos e Boas Leituras!
Janeiro: Nua e Outros Poemas, Dayane Tosta
Fevereiro: 18 crônicas e mais algumas, Maria Rita Kehl
Março: O sol também é uma estrela,Nicola Yoon
Abril: Poesias nunca publicadas, de Caio Fernando Abreu
Maio: Bruxa Akata, de Nnedi Okorafor
Junho: Amiga de Juventude, Alice Munro
Julho: Intrusos, Adrian Tomine
Agosto: Madrugada de Farpas, Paulo Venturelli
Setembro: Despertar, Octavia Butler.
Outubro: Palmares de Zumbi, Leonardo Chalub
Novembro: Se a rua Beale falasse
Dezembro: Um sopro de vida, Clarice Lispector.
E você, conhece algum livro desses que irei ler? Está participando de algum outro desafio literário? Conta pra mim nos comentários! Beijos e Boas Leituras!
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22
jan
2020
Babel, Frederico Monteiro
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Resenha
Sinopse: O que um homem comum tem a nos oferecer? E se o olhássemos por dentro e nele nos enxergássemos? Babel acompanha poucas, mas decisivas semanas de Francisco, um advogado de meia idade que não quer ouvir falar de crises. A secretária Marta que se entrega a um relacionamento virtual, a vizinha adolescente, o pai viúvo, o senhorio mudo, a faxineira Neida, o padeiro extremista, cada um a seu modo reforça a necessidade humana de convivência e afeto. De forma elegante e natural, as histórias se cruzam, umas com glórias, outras com lágrimas, como a vida de todos nós. Em meio aos infortúnios da vida cotidiana, a redenção poderá vir com o desenrolar do intrincado e rumoroso caso criminal que um simplório cliente leva ao advogado.
Babel
Frederico Monteiro
294 páginas
Editora Autografia
3,5/5
Babel é, antes de tudo, um livro sobre as imbricadas e complexas relações entre as pessoas e como estas relações mostram (ou não) as faces verdadeiras de quem somos. Um romance que fala de afetos e da busca incansável do ser humano por conexões verdadeiras. Apesar de ser a sua estreia no gênero romance, o autor ousa quando estrutura a sua história em dois eixos narrativos diferentes. Duas histórias que se conectam e se ampliam uma na outra.
De um lado temos o protagonista Francisco, um advogado modesto e já em idade madura que tem um cotidiano organizado e repetitivo e que mora na grande Babel, a cidade que aqui também é um personagem. No decorrer da história vamos conhecendo os outros personagens que compõem a rede de relações de Francisco e preenchem o seu cotidiano.
A secretária Marta, seus vizinhos, o padeiro, os atendentes de loja, seus clientes, as pessoas que transitam na rua...todos eles são peças de um quebra-cabeça que compõem a vida de Francisco, que compõem a babel. Do outro lado temos o outro eixo narrativo, uma história de conflito familiar encapsulado num processo criminal trazido por um dos clientes de Francisco, Salustiano. Este crime envolve violência, vingança e claro, segredos familiares escondidos a sete chaves.
Apesar de ser a sua estreia no romance, o autor maneja com propriedade a sua estrutura e capricha na construção dos personagens. Vemos realidade em suas falas, atitudes e sentimentos, nos solidarizamos com as suas buscas, com seus dramas. Apesar da seriedade de sua empreitada, Frederico salpica em sua história os elementos de humor a até mesmo leves traços do trágico, tendo a realidade como o amálgama que condensa tudo no que podemos chamar de Babel.
Uma cidade como tantas outras, que abriga a violência, a pobreza, a criminalidade e a dor, mas que é povoada por pessoas comuns e complexas, cheias de esperança e vontade de não apenas sobreviver, mas viver.
P.S: Resenha realizada em parceria com o blog Minha Velha Estante.