Prana, Jacqueline Farid
Fonte: Facebook da autora |
Prana foi um livro
extenso, um livro de poucas páginas, mas de muitas letras, como costumo chamar.
Aquele tipo de livro que não se esgota em sua leitura e fica ainda com suas
palavras reverberando por dentro da gente. Pensamentos, ideias, cores, sentires.
A autora, Jacqueline Farid, faz uma costura muito bem enredada entre a ficção e
a realidade. Nos apresenta a Indía, e suas histórias ao mesmo tempo em que tece
a sua própria história com as cores da Índia.
Sinopse: Prana viaja de
Ouro Preto, sua terra natal, até a Índia, onde empreende uma rota sagrada em
busca do pai. A jornada da protagonista tem início na futurista Dubai e passa
por Nova Delhi, pelas maravilhas do Taj Mahal, pelos templos de Bodhgaya, pela
yoga de Rishikesh e pelos crematórios de Varanasi, num percurso de descobertas
que inclui sexo e repulsa, encontro e separação, medo e coragem, afeto e
decepção, suspense e clímax, vida e morte.
Prana é a nossa protagonista,
moradora de Ouro Preto, com um nome diferente que ecoa o tempo todo em sua
realidade, confrontando-lhe com a sua real pertença. O destino a leva para
perto de seu pai e um dia ele vai embora, numa suposta viagem de negócios e
depois ninguém mais sabe o que houve com ele. Telefone que não responde, falta
de notícias...até que chega uma carta.
Esta carta da Índia está endereçada
a Prana. Decidida a entender o que houve com seu pai e buscar outras respostas
a muitas perguntas, ela se lança numa viagem que é ao mesmo tempo uma viagem a
si mesma e às suas origens. Até onde o lugar de onde viemos pode trazer
perguntas para decifrar quem somos?
A resposta vem numa colorida, fascinante
e muito bem descrita viagem a Índia, passando por outros locais com os Emirados
Árabes. Vamos com Prana descobrindo a cultura, os cheiros, as cores, os sabores
e mistérios. Vamos recuando entre o passado e o presente, lançando olhares
sobre o futuro, repensando as rotas de quem somos.
O livro tem capítulos curtos, que
ora flertam com os contos e ora permanecem como tessitura de um romance. Rico
em descrições e narrado em terceira pessoa, sem a presença de diálogos e com uma
narrativa fluida que cativa e que leva o leitor junto com ela. A qualidade gráfica também merece atenção, com
uma folha de guarda muito bonita e papel pólen de excelente qualidade que
também trazem conforto físico à experiência da leitura.
*Este livro foi cedido gentilmente pela Oasys Cultural