A Tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca – William Shakespeare, trad. De Leonardo Afonso.
Shakespeare
dispensa comentários e as suas obras são um marco na história da Literatura.
Hamlet, em especial, é considerada como uma das peças mais influentes e
poderosas da língua inglesa. Escrita entre os anos de 1599 e 1601 por William
Shakespeare, Hamlet é considerada uma tragédia.
A peça se
passa na Dinamarca, e conta a história do Príncipe Hamlet que tem como objetivo
vingar a morte do rei Hamlet, seu pai, que foi executado pelo próprio irmão,
Cláudio. Depois de envenená-lo, Cláudio casou-se com a rainha e se tornou rei
daquele país.
Hamlet traça
um mapa do curso de vida na loucura fingida ou na loucura real, explorando
ainda profundamente temas como corrupção, traição, incesto, vingança e
moralidade. Uma obra que fala sobre o ser humano e suas mais nobres ou
detestáveis formas de ser. Essa é a peça mais longa de Shakespeare e, provavelmente,
a que lhe deu mais trabalho.
Você pode ainda
não ter lido o livro, apesar de um clássico, mas com certeza já ouviu as
diversas citações desta obra que permeiam o vocabulário das pessoas, tais como:
“Ser ou não ser, eis a questão” ou “Há algo podre no reino da Dinamarca”.
Eu já havia
lido Hamlet há algum tempo e fazer essa releitura foi uma experiência
prazerosa. Um livro nunca é o mesmo a cada vez que nós o lemos, principalmente quando
se trata de uma nova edição e tradução. Esses atributos podem mudar e/ou ampliar
a sua experiência da leitura e assim foi com esta nova tradução do LeornardoAfonso, com edição da Chiado Editora.
A inserção da
obra se dá pela introdução, onde há uma breve, mas precisa apresentação do
autor e da obra, inserindo-o no contexto do teatro elisabetano. A tradução
apresentada por Leonardo é toda em prosa, com as exceções dos poemas e canções.
Essa escolha busca um olhar atento para o conteúdo da obra e seu significado,
deixando assim de prender drasticamente à forma para absorver melhor e refletir
a história em si.
A escolha
vocabular também mostra um equilíbrio da tradução, não deixando de situar a
obra em uma esfera conservadora, mas trazendo um Shakespeare mais próximo e
mais compreensível também, o que dá leveza tanto para os leitores incipientes como
para os leitores mais conhecedores do autor. Por fim, as notas de rodapé,
apresentadas ao longo da obra, contextualizam a mesma, explicitando o contexto
e trazendo à luz as muitas referências feitas pelo autor.
Reler Shakespeare é sempre um prazer, mas a tradução de Leonardo Afonso costura como se fosse a quatro mãos esta narrativa e amplia a obra, trazendo para o leitor uma leitura confortável e prazerosa. Acima de tudo, aproxima a leitura clássica do leitor comum, desmistificando o título de inacessível e popularizando obras importantes da Literatura para todos os tipos de leitores. Recomendo!
*livro gentilmente cedido em parceria com a Oasys Cultural
Querida Ilmara, muito obrigada pela leitura e a atenta resenha. O tradutor agradece e a Oasys também. Grande beijo, querida
ResponderExcluirValéria Martins