Lançamento: A definição do amor, Jorge Reis-Sá
Marcadores:
Jorge Reis-Sá,
lançamento,
Tordesilhas
Olá amigos leitores! Tudo bem com vocês? Hoje trago um pouco mais sobre um lançamento muito comentado e aguardado por todos. Estou falando do livro A Definição do Amor, de Jorge Reis-Sá, escritor português, lançado pela Tordesilhas. Apesar de termos tanto em comum com Portugal, confesso que conheço e leio poucos autores portugueses, principalmente os contemporâneos. Então, essa é uma boa oportunidade para nós conhecermos um pouco mais da escrita e da literatura deste autor português que promete.
SINOPSE:
Numa pequena cidade portuguesa, Susana sofre um AVC. Os médicos decretam sua morte cerebral ao mesmo tempo que anunciam sua gravidez de doze semanas – causa provável do acidente vascular. Francisco, o marido, começa então o diário do seu luto, que vai de maio a outubro, porque decidem não interromper a gestação. Francisco falará então do que é viver a morte anunciada, com todas as circunstâncias que o levaram até ali e que diariamente tem de enfrentar. Entre cada um dos meses, uma véspera se anuncia. Cada uma delas é composta por uma carta, cujo conjunto percorre trinta anos da vida de pessoas ligadas intimamente ao casal e vai explicar muito do que agora se passa.
SOBRE A OBRA
Jovem autor e editor, considerado uma das figuras de destaque na nova geração de escritores portugueses, peça-chave no recém-aquecido interesse de Portugal pela literatura brasileira, Jorge Reis-Sá já viveu várias vidas antes mesmo de completar 40 anos: a do editor idealista que começa um negócio na casa da avó, na pequena cidade onde nasceu; a do poeta que escreve “na torrente da memória”; a do jornalista que vai atrás do Papa Francisco na Terra Santa; a do editor daquela que será provavelmente a mais importante antologia da literatura brasileira publicada em Portugal, lançada no ano passado pela Editora Glaciar em parceria com a Academia Brasileira de Letras. Em A definição do amor, Reis-Sá retorna ao romance, revisitando o universo de trabalhos anteriores. Um mundo em que se pode tocar os mortos, porque afinal não há mistério, e é preciso continuar, preparar a vida seguinte.
Numa pequena cidade portuguesa, Susana sofre um AVC. Os médicos atestam sua morte cerebral ao mesmo tempo que anunciam sua gravidez de doze semanas – gravidez que o marido desconhecia e causa provável do acidente vascular. Francisco, o marido, começa então o diário do seu luto, que vai de maio a outubro, porque decidem não interromper a gestação. Enquanto Matilde cresce no ventre da mãe inerte, Francisco recorda os anos (poucos) de casado; a chegada do primeiro filho, André, apenas 10 meses antes; a infância. Recorda os pequenos e os grandes gestos que fizeram seu casamento e a sua existência. E tenta imaginar como será a vida depois da morte.
Entre cada um dos meses desse diário uma véspera se anuncia,cada uma delas composta por uma carta, cujo conjunto percorre mais de trinta anos da vida de pessoas ligadas intimamente ao casal e vai explicar muito do que agora se passa: o suplício de Beatriz, tia de Susana, que troca o filho que trazia no ventre pelo casamento na Igreja com um homem que ao final a matará; o tormento de Paulo, o marido assassino e apaixonado que viveu também um amor proibido com a tia Conceição; o irmão desta, Joaquim, padre e pedófilo que dá cabo da própria vida. “Que culpa temos nós do amor que sentimos?” pergunta-se Rita a certa altura, ela mesma apaixonada pela amiga Susana.
Numa linguagem sucinta, numa prosa por vezes indistinta da poesia tal a sua carga lírica, Jorge Reis-Sá faz uma viagem lúcida e resignada ao interior de um homem que, de certa maneira, despede-se de si mesmo. Não poderia ser mais apropriada, portanto, a epígrafe que encerra o livro:“Vou para casa esquecer que parti”.
SOBRE O AUTOR
Jorge Reis-Sá nasceu em Vila Nova de Famalicão, uma pequena cidade no norte de Portugal, em 1977. Entre 1999 e 2009, fundou e dirigiu a Quasi Edições, e foi diretor editorial da Babel de 2010 a 2013. Sua extensa obra de poesia está reunida no volume Instituto de Antropologia – Todos os poemas (Glaciar, 2013). Publicou também os livros de contos Por ser preciso (Cosmorama, 2004) e Terra (Sextante Editora, 2007), além de volumes de crônicas e dos romances Todos os dias (Record, 2007) e O Dom (Record, 2009).
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
Não conhecia o autor e nem o livro, parece ser uma história emocionante! Adorei a resenha ;)
ResponderExcluirSim, este autor trabalha divinamente com os sentimentos! Obrigada pela sua visita! Beijos! ;)
Excluir