30
dez
2013
Noites Italianas, Kate Holden
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Novo Conceito,
Resenha
Por Adriana Lisboa
Noites Italianas nos traz a história de Kate, que sai de sua terra natal, a Austrália, e decide buscar novos rumos para a sua vida na
Itália. Kate vai em busca de novas aventuras, mas principalmente em busca de si
mesma e de um encontro com o que é e o que pode vir a ser. Apesar de o livro
ser narrado em terceira pessoa, trata-se de uma autobiografia. Kate queria um
final diferente para sua vida, por isso partiu para Itália em busca de si mesma
e do amor. Queria esquecer o passado e começar uma nova vida. Seria um
recomeço.
O livro apresenta um pouco de sua
vida e de suas experiências com a droga e a prostituição. A personagem é construída
de uma forma confusa, pois apresenta uma valentia em alguns momentos e em
outros uma passividade e simplicidade que chegam a incomodar. Kate tem pena de
si mesma e faz todas as escolhas erradas, tenta buscar um “novo” futuro, um
rumo diferente para sua vida, mas vive com os pés no passado. Entrega-se a
homens aleatórios, depois se pergunta se é uma mulher fácil. Kate é uma
contradição ambulante, aprendeu com Jack (com quem ela tem um caso, já que ele
é casado) a ter autoconfiança, mas tem problemas em demonstrar essa confiança
em si mesma.
Em alguns momentos Kate parece
ter encontrado o que buscava, o seu eu escondido, mas sem nenhum precedente caí
novamente na melancolia. Conhece Gabriele e tudo se transforma, ela se vê feliz
e satisfeita por ter encontrado alguém que a ama e não a julga pelo seu passado,
até o dia em que alguns acontecimentos mudam o seu futuro...
Achei a diagramação boa. Os
capítulos são curtos e de fácil leitura. O livro é dividido em sete partes e
cada parte leva o nome do personagem que se destaca naquele capítulo. Gostei de como a personagem Kate evoluiu no decorrer do livro. Deixou de ser tão dramática e “chorona”. Claro, ela continua chorando bastante, mas não chega a ser tão chata quanto no inicio da narrativa. A narrativa inicia de forma bem lenta, chegando a deixar a leitura cansativa.
As interações de Kate com Jack
são chatas, a maior parte do tempo ele a repreende e julga seu comportamento e
suas atitudes. Kate, por sua vez só se
desculpa e chora e ele sempre a faz se sentir culpada por tudo e no final tudo
se encerra com uma transa. A relação deles se resume a ele tentando manter a
pose de homem respeitável enquanto ela (Kate) é a mulher com quem ele tem um
caso, menosprezando-a em alguns momentos. Tudo melhora para Kate, depois que
ela e Jack terminam, ele era um atraso na vida dela (minha humilde opinião).
De todos os homens que Kate teve,
os que mais gostei foram Massimo e Nanni, eram divertidos e loucos, foi depois
que eles apareceram que o livro melhorou, tomou um ritmo mais “alegre” e
“divertido”. Gostei bastante do Gabriele também e da Donatella. Noites Italianas é uma leitura que pode servir
como um passatempo, mas peca na estruturação dos personagens e no ritmo que a
narrativa é construída.
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