A Escola do Bem e do Mal: Um Mundo sem Príncipes, Soman Chainani
Por Maria Clara Nogueira
Depois que ter lido o primeiro
volume da “Escola do Bem e do Mal” eu estava morrendo de ansiedade pelo segundo
volume, principalmente por conta do fim! Caso vocês não tenham lido o primeiro
livro, recomendo que não leiam esta resenha, pois a própria sinopse do livro
revela spoilers do primeiro.
No segundo volume da triologia
Agatha e Sophie estão de volta a Gavaldon, conhecidas como “as garotas que
quebraram a maldição”, as duas viram estrelas na vila. Estátuas foram
construídas em homenagem as duas e elas agora gozam da fama. Bem, Sophie goza,
Agatha não gosta muito disso, mas tenta ficar ao lado da amiga. As duas
personagens evoluíram muito, principalmente Sophie que luta bastante para ser
uma boa amiga para Agatha, apesar de não conseguir conter seu egocêntrismo
totalmente. Agatha ficou muito assustada com os acontecimentos do livro
anterior, agora ela guarda um medo em relação à Sophie e saudade de Tedros.
Acredito que Agatha se sacrificou tanto por Sophie que ela acabou ficando
saturada, sabe aquele relacionamento em que só você se doa e aí cansa? Pois
bem, Agatha está nessa situação.
A saudade de Tedros e o medo
crescente de Sophie acaba fazendo com que ela realize um desejo inconsciente e
abra os portões para o mundo mágico. Acontece que desses portões saem flechas
incendiárias e um aviso “ENTREGUEM SOPHIE”. Depois de muitos problemas que
deixam metade de Gavaldon destruída, elas chegam novamente a “Escola do Bem e
do Mal”. O problema é que a Escola não está divida em Bem e Mal e sim em
Meninos e Meninas!!! Graças ao fim do “Conto de Agatha e Sophie” as mulheres do
mundo mágico, bruxas e rainhas, perceberam que não precisam de homens para
serem felizes e expulsam todos eles. Agora os homens estão sem teto e querendo
a cabeça de Sophie.
Este livro é incrível! Todos os
personagens evoluíram e acredito que o autor também. Todos os personagens
parecem muito mais humanos, passiveís de errar e de acertar... Não só Agatha e Sophie,
mas vários secundários. Além disso tudo ele conseguiu criar uma vilã que é
muito, muito inteligente e que consegue explorar cada sentimento de Agatha e
Sophie para realizar suas ambições. Eu ficava lendo boquiaberta porque essa
vilã explora tanto o sentimento das duas que chega a doer nelas e em mim. Ela
ataca, faz com que pessoas sumam e o pior, é quase onipresente.
A questão de gênero é explicita
nesse livro. O que é ser um menino? E uma menina? Quando as meninas percebem
que não precisam se sacrificar pelos meninos elas acabam olhando para si mesmas
e mudando. Algumas raspam a cabeça, outras engordam, umas emagrecem, algumas
aprendem a lutar. E os meninos? Será que eles beijarem meninos eles deixam de
ser meninos? Será que se eles forem sensíveis eles deixam de serem meninos
também?
Livro nota mil! A leitura está super recomendada e eu sei
que quem leu o primeiro vai morrer de emoção quando ler este!
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