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  • O Voo da Libélula, Michel Bussi + Sorteio

    Por Adriana Medeiros 

    Título: O Voo da Libélula
    Autor: Michel Bussi
    Editora: Arqueiro
    Número de Páginas: 400
    Ano de Publicação: 2015

    Leia aqui um trecho!

    Sinopse:
    Na noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira entre a França e a Suíça, deixando apenas uma sobrevivente: uma bebê de 3 meses. Porém, havia duas meninas no voo, e cria-se o embate entre duas famílias, uma rica e uma pobre, pelo reconhecimento da paternidade. Numa época em que não existiam exames de DNA, o julgamento estende-se por muito tempo, mobilizando todo o país. Seria a menina Lyse-Rose ou Émilie? Mesmo após o veredicto do tribunal, ainda pairam muitas dúvidas sobre o caso, e uma das famílias resolve contratar Crédule Grand-Duc, um detetive particular, para descobrir a verdade. Dezoito anos depois, destroçado pelo fracasso e no limite entre a loucura e a lucidez, Grand-Duc envia o diário das investigações para a sobrevivente Lylie e decide tirar a própria vida. No momento em que vai puxar o gatilho, o detetive descobre um segredo que muda tudo. Porém, antes que possa revelar a solução do caso, ele é assassinado. Após ler o diário, Lylie fica transtornada e desaparece, deixando o caderno com seu irmão, que precisará usar toda a sua inteligência para resolver um mistério cheio de camadas e reviravoltas.





    Em O voo da libélula, o leitor é guiado pela escrita do detetive enquanto acompanha a angustiada busca de uma garota por sua identidade.

    Olá, amigos leitores! 

    Hoje vamos conhecer o Sr. Crédule Grand-Duc, um detetive particular contratado pela família rica que tinha interesse em descobri se era a sua neta a única sobrevivente daquele terrível acidente após um tribunal ter decidido o destino da pequena devido à falta de provas que comprovassem a identidade dela.

    “Algum dia um juiz teve esse poder, de matar uma criança para outra poder viver? De ser ao mesmo tempo salvador e carrasco?”

    É ele quem vai nos contar toda a história do acidente aéreo que aconteceu em dezembro de 1980, e faz isso através de uma espécie de ‘diário’, com características diferentes da maioria dos diários que conhecemos. A sensação que tive foi que Grand-Duc queria mesmo era que o seu ‘diário’ fosse lido por todos nós, numa espécie de relato quase cinematográfico dos acontecimentos dos últimos 18 anos de sua vida, durante os quais se dedicou a elucidar o grande mistério: quem sobreviveu ao acidente, foi Émile ou Lyse-Rose?

    “Ainda não conseguia acreditar no que estava vendo. Suas mãos tremiam. Um forte calafrio o percorreu, da nuca à base das costas.
    Tinha conseguido!
    A solução estava ali, desde o princípio, à espera, sem pressa: era impossível encontrá-la na época, dezoito anos antes. Todo mundo tinha lido aquele jornal, todo mundo o tinha esmiuçado e analisado mil vezes, mas ninguém poderia ter adivinhado, nem em 1980 nem durante todos os anos que haviam se seguido.
    A solução saltava aos olhos… com uma condição.
    Uma única condição, totalmente absurda.
    Abrir aquele jornal dezoito anos depois!”

    Paralelo aos eventos do passado, somos guiados pelos acontecimentos do presente, em 1998, contados por todos os que foram afetados direta ou indiretamente pela tragédia. Dessa forma podemos conhecer as profundas marcas que um acidente como esse pode deixar em que fica, percebemos os sentimentos confusos e os conflitos internos de cada um.

    Bussi criou personagens reais, fortes e frágeis, à sua maneira, sem destaque especial para todos e nenhum deles ao mesmo tempo, destacando sempre as bebês Émile e Lylie como as personagens principais da trama.

    A ação começa quando Grand-Duc decide se matar e envia o diário para Lylie. Mas antes de cometer o suicídio, ele é assassinado.

    Lylie, após ler o caderno, desaparece, deixando-o para seu irmão, Marc, lê-lo. É quando começa a busca desesperada de Marc para encontrá-la e desvendar o mistério que Grand-Duc não teve tempo de revelar.

    O autor foi perfeito no quesito ‘envolver o leitor’, para isso ele foi alternando os pontos de vistas da história que era ora narrada por Émile, ora por Marc, ora pelo próprio Grand-Duc. Além disso, acredito que o fato de deixar que você saiba desde o começo que haverá uma reviravolta no caso também contou bastante para que eu não quisesse largar o livro. Bussi vai alimentando a curiosidade do leitor a cada página, a cada nova pista errada, a cada não reviravolta, como se estivesse preparando todo o cenário para o clímax final.

    E confesso, vale muito à pena passar por essas quase 400 páginas de puro suspense. A história é realmente boa, e ainda traz um final condizente com todo o enredo. Recomendo.

    Agraciado com 4 prêmios na França, entre os quais o Prix Maison de la Presse e o Prix du Roman Populaire, O voo da libélula teve seus direitos vendidos para 25 países e ganhará uma adaptação cinematográfica.

    Michel Bussi já ganhou 15 prêmios literários e foi finalista de outras 9 premiações, tornando-se um dos mais prestigiados autores policiais franceses.


    Resenha publicada originalmente por Adriana Medeiros no blog Minha Velha Estante

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