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  • Melhores Leituras de 2016



    2016 foi um ano difícil para mim em vários aspectos. Foi um ano de muitas mudanças e muitos conflitos. Um ano com muito trabalho e, logo, pouco tempo para as leituras. Tudo isto foi acentuado porque também fiquei longos períodos sem ler nada. Enfim...a vida é de viés e eu acho que o melhor mesmo é a qualidade de tudo que li e o efeito que essas leituras fizeram em minha vida. 

    Dos inúmeros livros que li, destaquei os cinco melhores e irei falar um pouco deles aqui para vocês. 


    5º lugar: Poemas Escolhidos, Mia Couto


    Mia Couto é um dos meus queridinhos. É um escritor muito talentoso e uma figura humana fantástica. Gosto muito da prosa dele, mas a poesia é a minha preferida. Neste livro, com um repertório escolhido pelo próprio autor, temos poemas que falam do mais fluido em nós. Tempo, Memória, Vida, Amor. É um livro filosófico, que conversa conosco e nos embala, nos acalenta. 
    Minha experiência de leitura foi fantástica. Tomei Mia Couto como um remédio. Goles dosados de poesia que foram me apartando da correria do dia e me abraçavam depois de uma rotina exaustiva de trabalho. É um livro para ser lido e relido. Para ser degustado. 


    4º lugar: A Amiga Genial, Elena Ferrante. 




    Conheci a escrita de Elena Ferrante, através do Leia Mulheres. Foi uma escritora que me conquistou pela sua maneira ímpar e crua de escrever e, mais ainda pela forma como constroi os seus personagens. Lila e Lenu são duas figuras ímpares, personagens cativantes e complexas. Em Amiga Genial a autora traz à tona temas como a violência doméstica, a posição da mulher na sociedade e, acima de tudo, a importância da amizade no amadurecimento e formação da personalidade. 




    3º lugar: Quarto de Despejo, Carolina Maria de Jesus




    Esta foi mais uma leitura compartilhada e discutida no Leia Mulheres aqui de Salvador. Um encontro fantástico com essa mulher totalmente à frente de seu tempo. Uma escritora, uma mãe, negra, favelada e crítica da realidade à sua volta. Apesar da baixíssima escolaridade e das dificuldades financeiras em que se encontrava, Carolina se refugiava na escrita de seus diários. Sua literatura era viva e real. Um livro que apesar de ter sido escrito na década de 50,  me mostrou que pouca coisa mudou em nosso país para quem nasceu preta, pobre, mulher e sem oportunidade. Deveria ser leitura obrigatória nas escolas. 




    2º lugar: Precisamos falar sobre o Kevin, Lionel Shriver. 




    Este livro é como um soco no estômago. É forte, é duro, é incisivo. O mote é comum, mas a forma como a autora constroi essa narrativa nos deixa contra a parede. Um romance epistolar diferente de tudo o que eu já li. O livro nos questiona sobre o amor, a maternidade, a adolescência, a mulher, o casamento. E nos enreda nesse território complexo que é a mente das pessoas, nesse labirinto que sempre tem a capacidade de nos surpreender. 


    1º lugar: Amada, Toni Morrison.


    Para mim é muito difícil falar de Amada. Um livro que me fez chorar, sofrer, repensar sobre o meu luar no mundo como mulher, negra e mãe. A leitura foi difícil, não apenas pela narrativa única de Toni Morrison, mas pelas emoções que iam aflorando. Foi um livro sobre a escravidão diferente de tudo o que eu já li na vida. Um livro sobre memória, o que não se pode esquecer e o que se deve esquecer. Sobre amor, acima de tudo. Sobre força, resiliência e sobre a força que a nossa história tem sobre nós mesmos. Ainda tentarei fazer uma resenha à altura desse livro aqui. Por ora, o que eu posso dizer é: leiam! 

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