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  • Primeiro e Único, Emily Giffin

    Por Neyla Paula 

    Falar de livros da Emily Giffin é sempre um enorme prazer. Suas tramas, recheadas de passagens belíssimas, de narrativa doce e enredos que vão do romance ao drama, sempre me conquistam de imediato. Dessa vez as coisas aconteceram de forma diferente do que eu imaginava, mas ao final me rendi mais uma vez ao talento dessa autora incrível.

    Shea é uma mulher de 33 anos, que tem uma vida pacata, um namoro morno e um grande apego a sua melhor amiga Lucy e sua família. Em sua cidade o futebol é a grande sensação e ela não é alheia a esse fato, já que namora um dos jogadores do time e trabalha como relações públicas no time de futebol da cidade. Porém, essa não é a vida que Shea sempre desejou pra si, ela apenas se conformou com a situação e nada fez para mudar isso. E essa é uma característica marcante da personagem: o conformismo.

    É somente quando consegue um novo emprego, que sua vida começa a ensaiar uma mudança. Ela rompe o antigo relacionamento, conhece novas pessoas e até começa um novo romance, dessa vez com Ryan. Ele é uma estrela do futebol americano (e você estava esperando algo diferente?), um cara bem sucedido e bonitão. Mas, apesar da boa química que há entre eles, um sentimento mais forte vai nascer no coração de Shea por um outro homem. E pra descobrir quem, ah meus amigos, vocês terão que ler o livro.

    Primeiro e Único é um daqueles livros que começam de forma bem despretensiosa e que você pode até ousar pensar que Emily errou a mão. O começo é realmente difícil, com uma trama que demora a dizer a que veio. Mas depois que tudo entra nos eixos e as engrenagens começam a funcionar, a leitura flui.  Uma das coisas que mais gosto nos livros da Emily é a forma como ela aborda temais fortes em meio a histórias que são, aparentemente, leves e comuns. E, muito embora esse não tenha sido um dos melhores livros dela, acho que em suma foi uma boa leitura.

    Shea me cansou um pouco. Ela não é uma personagem que cative de imediato e para que eu pudesse criar uma conexão foi um processo árduo. Até entendia seus pensamentos, mas aceitar sua chatice e sua personalidade frágil me cansaram. Talvez isso se deva ao fato de estar familiarizada com as mocinhas mais cheias de atitudes e cientes do que desejam. Acredito que a construção da personagem tenha sido uma forma de mostrar a evolução dela no decorrer da trama, o que realmente acontece mas de forma bem gradativa. Porém, até chegarmos a esse ponto, confesso, me perguntei inúmeras vezes se Emily não tinha "errado a mão" nessa personagem.

    Outro fato que me deixou um pouco desmotivada foram os intensos diálogos sobre futebol americano. Sei que sou uma completa analfabeta nessa questão, não entendo nada a respeito dele, mas acredito que até para alguém que goste se tornaria cansativo. O assunto é predominante e está inserido na maior parte do livro. Acredito que se tivesse tido um corte em muitas dessas partes, o livro teria fluido de forma bem mais intensa.


    Apesar de tudo, eu gostei da história. Ela é sensível, bem humorada e trata de assuntos mais delicados com a suavidade que é uma das características marcantes dos livros da autora. Emily tem o dom de contar histórias de um jeito adorável e, mesmo não tendo sido um dos seus melhores livros, ele ainda vale a pena ser lido.

    P.S: Este livro foi gentilmente cedido pela Editora Novo Conceito, parceira do blog, para resenha. 

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