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  • A Escola do Bem e do Mal, Soman Chainani

    Olá amigos leitores! Tudo bem com vocês? Espero que sim.
    Depois de um pequeno hiato, cá estamos nós de volta e tentando acelerar e mostrar o tanto de coisas novas que temos para vocês. A resenha de hoje é especial por dois motivos: primeiro, porque é de um livro excelente que conheci no Clube do Livro promovido pela Editora Gutenberg e que foi realizado na Livraria Cultura aqui de Salvador; e o segundo é porque quem escreveu esta resenha foi a minha filhota, Maria Clara. Ela ficou encantada com a história e simplesmente devorou o livro. Espero que gostem da resenha, assim como eu (embora eu seja mais que suspeita, rsrsrs). Vamos à história? 

    Por Maria Clara Nogueira

    Admito que sou muito preconceituosa em relação a livros. Acredito que atualmente existe um número grande de autores que produzem livros iguais, reproduzindo um mesmo enredo, mudando apenas os nomes dos personagens. A primeira vez que vi "A Escola do Bem e do Mal" ele estava na estante de uma livraria e eu tinha achado a capa bonita, mas não me interessei o suficiente para compra-lo. Meses depois,  o livro parou em minhas mãos e eu decidi lê-lo mais pelos prêmios do que pela estória em si. Acabei me surpreendendo e devorei o livro em dois dias, terminei de lê-lo às 2 horas da manhã de tanta ansiedade pelo final.

     O livro conta a estória de Agatha e Sophie, duas amigas muito diferentes que moram no povoado de Gavaldon, um lugar onde a cada 4 anos, na décima primeira noite do décimo primeiro mês, dois adolescentes somem misteriosamente. A população acredita que as crianças sejam levadas para Escola do Bem e do Mal, onde eles aprenderiam a ser os futuros vilões e herois das estórias infantis. Da Branca de Neve a Rumpelstiltskin, todos eles foram treinados lá. O dito Diretor da Escola escolhe um adolescente mau e um bom para levar para cada escola e é nesse ponto que voltamos para nossas heroinas (ou vilãs). Sophie é uma boneca humana, cabelos grandes e loiros, pele branca com as bochechas rosadas e um sorriso meigo no rosto,  enquanto Agatha mora num cemitério, só veste preto, possui um gato chamado Reaper (Ceifador) e é tida como uma bruxa por todos da vila.

    Era evidente que elas seriam escolhidas para a Escola do Bem e do Mal. Sophie esperava ansiosamente por isso, sonhando em largar a vida comum da vila e encontrar um príncipe. Diferente de Sophie, Agatha quer permanecer na vila com sua amiga. Além disso, Agatha não acredita em contos de fadas e acha tanto príncipes quanto princesas muito estúpidos. Elas são levadas como previsto, mas o destino prega uma peça nelas e ambas vão parar em Escolas não esperadas.

    A primeira coisa que eu notei neste livro foi o comentário de R.L Stine, autor da série Goosebumps, que aparecia na capa: " Um passeio emocionante e perigoso pelos contos de fadas. Eu amei este livro." Isso me chamou atenção, pois a série Goosebumps é de terror, então eu comecei a desconfiar que essa estória não seria o clássico conto de fadas. A segunda coisa que eu notei foi como apenas uma pessoa raptava as crianças (não duas como seria esperado) e como o Bem e o Mal pareciam tranquilos em relação a treinar crianças para batalhar até a morte para que algumas dela conseguissem chegar ao Felizes Para Sempre, o paraíso dos bonzinhos, ou ao Nunca mais, o paraíso dos vilões.

    E no decorrer do enredo as garotas começam a descobrir várias coisas que vão deixando a Escola cada vez mais assustadora e cruel. Além disso,  os próprios alunos se começam a se mostrarem bem estranhos: Princesas mesquinhas que só se importam com a aparência, pequenos nunca (como são chamados os vilões) caridosos e os príncipes... Bem, eles basicamente se preocupam em lutar e malhar. E existe um destino estranho para aqueles que não conseguem boas notas...

     A obra explora vários temas desde a predestinação, a aparência física, a autoaceitação e a questão de gêneros. Durante o livro eu senti muita raiva,  pois achei o mundo em que eles vivem muito cruel, apesar de parecer bonito e mágico. As pessoas são empurradas em escolas e obrigadas a abraçar o destino que escolheram para ela desde cedo, as garotas são ensinadas a se maquiar, sorrir e serem salvas enquanto os príncipes recebem aula de esgrima e equitação. Percebi que esse mundo é um claro reflexo do nosso,  assim como seus personagens. Eles são muito bem construídos, cada um com suas facetas boas e ruins e o fim... Bem, o fim é surpreendente! Leitura super recomendada!

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