Presságio: O assassinato da freira nua, Leonardo Barros.
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Resenha
Olá amigos leitores, tudo bem com vocês?
Hoje eu trago a resenha de um livro que adorei ler. E que me deixou simplesmente grudada nele, devorando as páginas até descobrir o final. Estou falando de Presságio: O assassinato da freira nua, livro que recebemos em parceria com o autor Leonardo Barros.
Sinopse: Alice tem 26 anos e, desde a adolescência, é atormentada por presságios. Desacreditada por psiquiatras, ela é considerada psicótica, até que uma de suas visões a possibilita desvendar um misterioso homicídio. A polícia atribui a autoria do crime ao Beato Judas, um assassino serial de freiras, mas a descrição do suspeito não se parece em nada com o homem que ela viu em sua premonição. Agora, Alice terá de correr contra o tempo para provar que não é louca e para evitar que o assassino faça uma nova vítima. Suspense, misticismo e sensualidade se misturam neste fantástico thriller policial que parece ter a capacidade sobrenatural de manter seus leitores alucinados da primeira à última página.
Não é novidade para vocês que o gênero policial é um dos meus preferidos. Suspense e mistério, para mim, são tônicos que fazem uma boa história e é assim com o livro Presságio. A narrativa de Leonardo Barros tem como personagem principal Alice, uma mulher bonita e inteligente e que desde menina é atormentada com o seu dom, a capacidade de ver o passado e desvendar o futuro. Como acontece em muitos casos, Alice é considerada pelos outros como louca e diante do preconceito, começa a esconder de todos o seu dom.
A narrativa se inicia com a cena de um crime. Irmã Bianca, freira e professora de Língua Portuguesa, é encontrada morta, com indícios de violência sexual e estrangulamento. A brutalidade do crime - trata-se de uma freira - choca a todos. Ainda mais pelo fato da Irmã Bianca ser querida e adorada por seus amigos e alunos. Os responsáveis pela investigação do caso aparecem logo. São eles: Delegado Matias e Agente Felipe.
Um dia, ao ir a uma festa à fantasia com os seus amigos, regada à muito álcool e algumas drogas, Alice mais uma vez tem uma de suas visões. Nela, ela presencia o assassinato de Vívian, uma das participantes da festa, que estava fantasiada com um hábito de freira e por baixo, uma sensual lingerie. O assassino, o diabo, ou um homem fantasiado dele. Alice tem certeza de que é o homem que acompanhava Vivian durante a festa.
O clarão
Um corredor iluminado.
O número sessenta e nove estampado numa porta que se abriu para que ela visse a repetição de tudo o que acabara de vivenciar: o diabo e Vívian na cama, entre beijos, tabefes e risos de prazer. Só que, dessa vez, Alice não se via mais sob a pele de Vívian. Apenas observava tudo como uma espectadora invisível.
As mãos acariciando. Os beijos, as mordidas, a gota de sangue no canto da boca. Até que ele puxou do bolso da calça que restava sobre a cama um fio que rapidamente enroscou no pescoço de Vívian. A mão direita dele espalmada na testa da Freira Nua, e a mão esquerda tracionando o laço. Agora, Alice ouvia o mórbido estridor de resquícios de ar transpassando o glote de Vívian. Os olhos saltados em surpresa. Os músculos relaxando.
Ouviu a voz baixinha que dizia:
- Está morta. A Freira Nua está morta! (p.34)
Logo os dois crimes são relacionados, pois tem um modus operandi parecido e os investigadores acreditam ser um assassino serial de freiras. As investigações levam ao jovem Danilo, aluno da Irmã Bianca. Contudo, Alice tem certeza de que Danilo não foi o homem que ela viu em sua visão. Este era um homem bem mais forte. A partir daí, ela é guiada por seu instinto a buscar pistas e a desvendar este mistério. Um caminho perigosos e que pode lhe custar a própria vida e também a sua liberdade.
Leonardo Barros apresenta uma narrativa objetiva e fluida. Dinâmica, consegue prender-nos e deixar-nos mais que ansiosos na descoberta do assassino. Oscilando entre a vida pessoal de Alice e o desenrolar do crime, o autor traz uma trama bem elaborada e com personagens intensos. Há também fortes pitadas de erotismo, que encorpam a historia, mas não a fazem perder o seu caráter policial. Enfim, é um livro bem escrito e que traz um final surpreendente, que me deixou com uma vontade de ler mais. Recomendo!
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