Para onde ela foi, Gayle Forman
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Novo Conceito,
Resenha
Título
Original: Where She Went
Autora:
Gayle Forman
Grupo
Editorial: Novo Conceito
Gênero:
Romance, Drama
Sinopse:
Meu
primeiro impulso não é agarrá-la nem beijá-la. Eu só quero tocar sua bochecha,
ainda corada pela apresentação desta noite. Eu quero atravessar o espaço que
nos separa, medido em passos não em milhas, não em continentes, não em anos, e
acariciar seu rosto com um dedo calejado. Mas eu não posso tocá-la. Esse é um
privilégio que me foi tirado. Com a mesma força dramática de Se Eu Ficar, agora
pela voz de Adam, Para Onde Ela Foi expõe o desalento da perda, a promessa da
esperança e a chama do amor que renasce.
Para
onde ela foi é a continuação
do romance Se eu ficar, já resenhado aqui no blog e que virou filme. A
história se passa três anos após o acidente que matou os pais e o irmão de Mia
e devastou a vida de Adam, seu namorado.
Como
o primeiro livro foi todo narrado por Mia, agora vamos conhecer os pontos de
vista e sentimentos mais íntimos de Adam, pois ele será o narrador da história
agora. Vamos encontrá-lo já um astro do rock consagrado com a sua banda Shooting
Star, em Los Angeles. Com direito a tudo o que um astro pop podem ter: ele
ficou famoso, mal pode andar pelas ruas sem ser reconhecido, mora com uma
famosa atriz de Hollywood, vende milhões de cds, está nas capas das revistas e tabloides
de todo o mundo, tem síndrome de crises de pânico quando é cercado por
multidões e toma antidepressivos. Ah, e continua lindo!!!!!!
“Agitado
é como eu me sinto normalmente. Eu me acostumei a ficar agitado. Mas, desde que
começou a nossa turnê com três shows no Madison Square Garden, tenho me sentido
outra pessoa. Como se estivesse prestes a ser sugado por algo poderoso e
doloroso. Vorticificado.”
Mia
foi para a Juilliard e é um talento em ascensão, conseguiu superar todos os
problemas físicos em decorrência do acidente e passou a tocar melhor do que
nunca!
Mas,
depois de tudo o que viveram por causa do acidente de Mia, toda a entrega e
dedicação de Adam, os dois não estão mais juntos, estão agora em lados opostos
do planeta vivendo as suas carreiras.
Como
o livro é narrado pelo Adam, vamos acompanhar mais de perto essa sua
trajetória, tudo o que aconteceu desde que Mia resolveu ir para a Juilliard e deixá-lo,
como aconteceu a ascensão da Shooting Star, a explosão do principal cd da
banda, Collateral Damage, que é quase
um diário de todo o sofrimento e solidão que Adam sentiu. Como não se apaixonar
por esse personagem tão doce e romântico? Quem souber, me conte! Adam está
devastado pela ausência notícias, telefonemas e visitas de Mia, e tudo isso se
reflete em seu comportamento praticamente autodestrutivo. Ah, como não odiar
Mia? Vai saber...
“Nunca
disse a Mia o quanto a perda de Teddy me afetou quando estávamos juntos, então
não há maneira de que eu vá lhe dizer agora. Eu perdi o meu direito de discutir
essas coisas. Eu renunciei – ou fui dispensado – de meu lugar na mesa da
família Hall.”
Mas
nada foi muito fácil para Mia, não é? E Forman vai nos convencer (pelo menos,
convenceu a mim!) de que Mia não fez tudo isso apenas porque é uma menina
cruel. Em uma bela noite em Nova York, Adam acidentalmente descobre que Mia
está se apresentando e resolver ir ver. Claro que o destino não está dormindo
no ponto e faz a sua parte: ela o vê na plateia e o convida para encontrá-la no
camarim.
“Meu
primeiro impulso não é agarrá-la, beijá-la ou gritar com ela. Só quero tocar
seu rosto, ainda corado pela performance de hoje. Quero diminuir o espaço que
nos separa, medido em passos – não em quilômetros, não em continentes, não em
anos – e colocar meus dedos calejados no seu rosto. Quero tocá-la e me
certificar de que é realmente ela, não um desses sonhos que tive com tanta
frequência desde que ela partiu, quando eu a via tão claro como o dia, estava
pronto para beijá-la ou levá-la comigo, e depois acordava com Mia fora do
alcance.”
A
narrativa densa desse reencontro é uma das histórias românticas mais lindas que
eu já li. Os dois lá, cada um com suas mágoas, seus segredos e sentimentos
guardados por quase três anos, vivendo vidas opostas, em locais opostos, com
uma única coisa que os mantém ligados até o presente: o amor que os dois
começaram a sentir um pelo outro no tempo de escola e que nunca deixou de
existir.
“Não
há pele suficiente, saliva suficiente, tempo suficiente para os anos perdidos
que nossos lábios estão tentando compensar enquanto encontram um ao outro. Nos
beijamos. A corrente elétrica vai ao máximo. Todas as luzes do Brooklyn devem
estar piscando.”
A
edição está linda, cada início de capítulo tem um trecho de uma música do Adam
(Me pergunto de onde vieram essas letras...). Sem contar as marcas d’água com
símbolos musicais. Diagramação impecável e revisão em ordem, a Novo Conceito
está de parabéns!
F
A N T Á S T I C O !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Essa
é a única palavra que chega perto de descrever o que é esse livro!!!! Se você
leu Se eu ficar e gostou, se prepare, você não conseguirá largar esse livro!
Mas se você tem o coração doce, tome cuidado: lágrimas serão muito mais
inevitáveis.
Se
eu ficar não foi um livro que me levou às lágrimas pelo romance de Adam e Mia,
mas sim pelo que suas famílias e amigos viveram em relação ao trauma de uma
perda. Mas Para onde ela foi é diferente, ele é só romance, e não só as coisas
doces e boas do romance, mas todo o lado dramático e denso que o acompanha. É um
livro que fala de perda, sim, mas com a promessa de um futuro lindo de um amor
que renasce.
Vale
muito à pena!!!!
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