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  • Se eu ficar, Gayle Forman

    Autora: Gayle Forman

    Editora: Novo Conceito

    Páginas: 224

    Publicação: 2014

    Sinopse:
    Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.

    Leia um trecho aqui

    Oi, gente,

    Hoje vamos conhecer a história de Mia. Adolescente comum, que mora com os pais e o irmão Teddy, em Oregon. Absolutamente apaixonada por música, mas por música clássica, toca violoncelo e, apesar de muito tímida, está prestes a entrar em uma das escolas de artes mais famosas dos Estados Unidos. Namorada de Adam, também apaixonado por música, mas pelo rock, tem uma banda, a Shooting Star, que está começando a fazer sucesso fora de sua cidade. Seu pai já teve uma banda e tem um verdadeiro carinho por Adam. Teddy, para orgulho do pai, toca bateria. Tem uma melhor amiga fantástica, a Kim.

    Tudo ia bem até sofrer um acidente com toda a sua família quando estavam indo passar o dia fora. Acontece uma batida com um caminhão por causa da neve. E é ai que a história realmente começa. Os eventos acontecem muito rápido, e acredito que realmente seja assim estar em um acidente. Mia não sente nada, continua escutando a música que toca no carro e consegue perceber que aparentemente está bem. Vai procurar pelos pais e se depara com a dura realidade: seus pais estão mortos de uma forma lastimável. Ao procurar pelo irmão ela encontra o próprio corpo, respirando, mas cheio de hematomas e não consegue entender como ela consegue ver a si mesma. Ela é levada para o hospital em coma. Ela passeia pelo hospital e consegue ver Kim chegar com a mãe e encontrar os seus avós que já estão lá junto com outros parentes.

     “No começo acho que está tudo bem. Primeiro porque ainda consigo ouvir Beethoven. Depois porque estou aqui, imóvel, numa valeta da estrada."

    Se Eu Ficar é um drama e o primeiro livro de uma duologia. Mas senti também uma tendência para o romance espírita.

    A narrativa da Gayle é leve, fluida, mesmos tratando de temas densos como a morte e o que acontece entre a vida e ela. A história de Mia no presente vai sendo intercalada por flashes do seu passado ao longo de enredo que nos ajuda a conhecer mais quem ela era e como era a sua vida antes do acidente. Se lembra de momentos com o pai, do nascimento de Teddy, da escolha pelo violoncelo, da sua amizade com Kim e de como conheceu Adam. O livro é dividido não em capítulas, mas de acordo com o tempo esclarecendo assim o desenrolar da história.

    “Quando estava com Adam, me sentia eleita, escolhida, especial, e isso só fazia com que eu me perguntasse ainda mais: por que eu?”

    Todo o enredo vai se desenrolar a partir de um conselho que o avô de Mia dá para ela, ao dizer que é ela quem decide se deve ou não ficar, a escolha é apenas dela, logo depois da enfermeira Ramirez ter lhe dito quase a mesma coisa: “Você acha que cabe aos médicos, aos medicamentos e as máquinas, mas se você fica ou se você vai, a decisão é sua.” A partir daí Mia viverá esse dilema, ponderando depois de todas as perdas que teve, se ainda vale a pena viver, se ela será a mesma depois de tudo o que aconteceu, como ela conseguiria viver com a dor de perder pessoas que tanto ama. Tudo o que ela vai ouvir nesse estágio fora do corpo e mais os sentimentos que ela vai lembrando serão matéria para ajudá-la nessa decisão.

    Ao longo da história vamos conhecendo as pessoas que fazem parte da vida de Mia. Adam é um namorado incrível, que fará de tudo para vê-la e terá a ajuda de Mia que, apesar de não gostar muito dele, não hesitará em ajudá-lo.

    É um livro que faz você refletir, se colocar no lugar de Mia e avaliar coisas que ela também avalia pensando “E se fosse eu?”. Nos faz perceber a importância da família, dos nossos amigos, do lugar que o amor deve ocupar em nossas vidas. Nos leva a reforçar a ideia de que o amanhã sempre será uma incógnita e viver o hoje é sempre imprescindível.


    Vale à pena. 


    P.S: Resenha publicada originalmente no blog Minha Velha Estante, de Adriana Medeiros. 

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