Fênix: A Ilha, John Dixon
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Resenha
Título Original: Phoenix
Island
Livro Único
Autor: John Dixon
Editora: Novo Conceito
Páginas: 336
Ano: 2014
Sinopse:
Sem telefone. Sem sms. Sem
e-mail. Sem TV. Sem internet. Sem saída. Bem-vindo a Fênix: A Ilha. Na teoria,
ela é um campo de treinamento para adolescentes problemáticos. Porém, os
segredos da ilha e sua floresta são tão vastos quanto mortais. Carl Freeman
sempre defendeu os excluídos e sempre enfrentou, com boa vontade, os valentões.
Mas o que acontece quando você é o excluído e o poder está com aqueles que são
perversos?
Oi, gente,
A ilha: Fênix já se
inicia com o julgamento de Carl. Ele está sendo julgado por agressão física a
um grupo de garotos pertencentes ao time de futebol da cidade. Sua sentença? Ir
para a ilha Fênix por tempo indeterminado.
Carl é era um garoto
normal, até que seu pai, um bom policial, é atingido em serviço e fica em
estado quase vegetativo. Carl passa a sua infância cuidado do pai, não como um
peso, mas com prazer, até o dia em que ouve um garoto debochando do seu pai e
ele não se controla, e espanca o garoto. Um misto de herói e bad boy. Após a
morte da mãe tudo piora. Como órfão ele passará por várias famílias adotivas e
se envolverá em inúmeras brigas, mas sempre defendendo os mais fracos e
injustiçados dos valentões.
Agora, aos 16 anos, ele
tem a sua última oportunidade para se regenerar e retornar da ilha com um
cidadão sem ficha suja. Mas Carl nem imagina o que o espera. A ilha Fênix é um
lugar remoto, de onde não se tem nenhum contato com o mundo externo: sem
notícias, celulares, qualquer comunicação e nem como fugir. Que impõe uma
disciplina militar que em vários momentos beira a crueldade. Onde todos os seus
limites serão testados ao extremo. Ele será moldando a partir de suas
experiências na ilha.
“-
Vocês devem subordinar sua individualidade e abraçar sua identidade grupal.
Devem colaborar, órfãos, e devem continuar motivados. No mundo lá fora, vocês
se meteram em encrenca ao agir como indivíduos. Aqui, na Ilha Fênix, vão
desaprender isso. Vão aprender a atuar como parte de uma equipe.”
Mas Fênix não é um local
para consertar os desajustados ou reformar jovens delinquentes ao seguir um
treinamento de exército. Será preciso, principalmente, aprender a sobreviver. Carl
descobrirá um estranho diário que o fará ver os acontecimentos da ilha com
outros olhos, a partir daí pessoas começam a desaparecer e a ilha se torna um
local mortal, onde não se adaptar pode significar não apenas a morte.
O livro não vive só de
Carl. A história tem ótimos personagens secundários como Octávia, uma garota
forte, corajosa, com um passado sofrido, por quem Carl irá se apaixonar e
conseguirá despertar o que há de melhor dentro dele. Destaque para o Comandante
Stark, personagem que conseguiu me fazer odiá-lo com todas as minhas forças,
principalmente por entender que existem seres humanos como ele, um homem
misterioso, frio e estrategista, com uma visão deturpada da sociedade, que sabe
manipular as pessoas para obter o que deseja delas.
A capa tem tudo a ver
com a história de Carl, afinal ele é um ex-campeão de boxe preso em uma ilha
com características de floresta Amazônica: úmida e eternamente quente, cheia de
animais. A escrita do Dixon é clara e linear, ele consegue transmitir os
sentimentos dos personagens com maestria, principalmente nas cenas de
sofrimento. Acredito que isso se deva ao fato de Dixon ter sido um boxeador
profissional.
Confesso que quando
comecei a leitura tinha um outro enredo em mente. É uma história cheia de ação
e suspense, você nunca sabe o que virá a seguir. Extremamente violento, com uma
certa vibe de Comando em Ação só que mais sangrento, mas trata de alguns temas
importantes como: a prisão de adolescentes, o sistema prisional como um todo e
a sua capacidade de regeneração, limites da ciência, amizade e lealdade. Um
livro que te faz pensar em temas bem delicados.
Um ótimo livro para quem
gosta de mistérios, armas, e um punhado de socos no queixo. Certamente vale
gritar urra!
P.S.: Assisti ao piloto
da série Intelligence e confesso não ter encontrado muita coisa em comum com o
livro.
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