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  • Fênix: A Ilha, John Dixon


    Por Adriana Medeiros

    Título: Fênix: A Ilha

    Título Original: Phoenix Island

    Livro Único

    Autor: John Dixon

    Editora: Novo Conceito

    Páginas: 336

    Ano: 2014



    Sinopse:
    Sem telefone. Sem sms. Sem e-mail. Sem TV. Sem internet. Sem saída. Bem-vindo a Fênix: A Ilha. Na teoria, ela é um campo de treinamento para adolescentes problemáticos. Porém, os segredos da ilha e sua floresta são tão vastos quanto mortais. Carl Freeman sempre defendeu os excluídos e sempre enfrentou, com boa vontade, os valentões. Mas o que acontece quando você é o excluído e o poder está com aqueles que são perversos?


    Oi, gente,

    A ilha: Fênix já se inicia com o julgamento de Carl. Ele está sendo julgado por agressão física a um grupo de garotos pertencentes ao time de futebol da cidade. Sua sentença? Ir para a ilha Fênix por tempo indeterminado.

    Carl é era um garoto normal, até que seu pai, um bom policial, é atingido em serviço e fica em estado quase vegetativo. Carl passa a sua infância cuidado do pai, não como um peso, mas com prazer, até o dia em que ouve um garoto debochando do seu pai e ele não se controla, e espanca o garoto. Um misto de herói e bad boy. Após a morte da mãe tudo piora. Como órfão ele passará por várias famílias adotivas e se envolverá em inúmeras brigas, mas sempre defendendo os mais fracos e injustiçados dos valentões.

    Agora, aos 16 anos, ele tem a sua última oportunidade para se regenerar e retornar da ilha com um cidadão sem ficha suja. Mas Carl nem imagina o que o espera. A ilha Fênix é um lugar remoto, de onde não se tem nenhum contato com o mundo externo: sem notícias, celulares, qualquer comunicação e nem como fugir. Que impõe uma disciplina militar que em vários momentos beira a crueldade. Onde todos os seus limites serão testados ao extremo. Ele será moldando a partir de suas experiências na ilha.

    “- Vocês devem subordinar sua individualidade e abraçar sua identidade grupal. Devem colaborar, órfãos, e devem continuar motivados. No mundo lá fora, vocês se meteram em encrenca ao agir como indivíduos. Aqui, na Ilha Fênix, vão desaprender isso. Vão aprender a atuar como parte de uma equipe.”

    Mas Fênix não é um local para consertar os desajustados ou reformar jovens delinquentes ao seguir um treinamento de exército. Será preciso, principalmente, aprender a sobreviver. Carl descobrirá um estranho diário que o fará ver os acontecimentos da ilha com outros olhos, a partir daí pessoas começam a desaparecer e a ilha se torna um local mortal, onde não se adaptar pode significar não apenas a morte.

    O livro não vive só de Carl. A história tem ótimos personagens secundários como Octávia, uma garota forte, corajosa, com um passado sofrido, por quem Carl irá se apaixonar e conseguirá despertar o que há de melhor dentro dele. Destaque para o Comandante Stark, personagem que conseguiu me fazer odiá-lo com todas as minhas forças, principalmente por entender que existem seres humanos como ele, um homem misterioso, frio e estrategista, com uma visão deturpada da sociedade, que sabe manipular as pessoas para obter o que deseja delas.

    A capa tem tudo a ver com a história de Carl, afinal ele é um ex-campeão de boxe preso em uma ilha com características de floresta Amazônica: úmida e eternamente quente, cheia de animais. A escrita do Dixon é clara e linear, ele consegue transmitir os sentimentos dos personagens com maestria, principalmente nas cenas de sofrimento. Acredito que isso se deva ao fato de Dixon ter sido um boxeador profissional.

    Confesso que quando comecei a leitura tinha um outro enredo em mente. É uma história cheia de ação e suspense, você nunca sabe o que virá a seguir. Extremamente violento, com uma certa vibe de Comando em Ação só que mais sangrento, mas trata de alguns temas importantes como: a prisão de adolescentes, o sistema prisional como um todo e a sua capacidade de regeneração, limites da ciência, amizade e lealdade. Um livro que te faz pensar em temas bem delicados.

    Um ótimo livro para quem gosta de mistérios, armas, e um punhado de socos no queixo. Certamente vale gritar urra!


    P.S.: Assisti ao piloto da série Intelligence e confesso não ter encontrado muita coisa em comum com o livro. 

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