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  • Colin Fischer, Ashely Edward Miller e Zack Stentz.

    Olá amigos leitores, como estão? Espero que bem. Aproveitando o domingo para por as leituras em dia? 

    Hoje trago uma resenha de um livro que amei ler. Estou falando de Colin Fischer, uma história leve e interessante sobre um garoto muito especial. Não esperava muito dessa leitura, mas a maneira como ela fluiu me surpreendeu e me deixou com um gostinho de quero mais. 

    Colin tem 14 anos e mora com seus pais e seu irmão Danny em uma casa comum em San Fernando Valley. Ele está em seu primeiro ano no ensino médio e agora tudo é diferente. Colin não conta mais com o apoio de Marie, a sua acompanhante e agora precisa enfrentar, como todo adolescente, os desafios do Ensino Médio. Só que Colin não é como todo adolescente. Ele tem Síndrome de Asperger. Não pretendo aqui dissertar sobre a síndrome, mas ela faz parte do espectro autista. Ou seja, ela é uma das formas do autismo onde o indivíduo conta com uma inteligência acima do normal, elevado QI, mas tem dificuldades nas habilidades sociais, na interação com o outro. Colin não gosta de ser tocado e tem sérios problemas com barulho. Para ajudar em sua dificuldades,  Colin anda com um caderninho onde anota tudo em relação aos gestos e expressões das pessoas, e para cada um deles, desenha e descreve o que a expressão significa. Ele leva este caderninho para todos os lugares aonde vai.

    Os pais de Colin criaram estratégias para lidar com as limitações dele e tentam protegê-lo a todo custo. Só que no primeiro dia de aula Colin já encontra-se com um valentão da escola, Wayne, que tem predileção em persegui-lo e maltratá-lo. Como todo nerd, Colin permanece isolado dos demais alunos e só conta com a atenção de Melissa Greer, sua amiga desde os tempos do jardim de infância. No dia do aniversário de Melissa, durante o intervalo, acontece uma briga  que termina com um tiro. Todos fogem, menos Colin. Ele percebe que a arma do crime foi deixada no chão e está suja de bolo e começa a investigar o fato. 

    Colin tem um grande espirito investigativo. Fá de Sherlock Holmes e dos mistérios insolúveis resolvidos pelo detetive, ele é observador e muito perspicaz em suas conclusões. Quando o encrenqueiro Wayne Connely é prontamente acusado, Colin acha o contrário. Pelas informações que coletou sobre Wayne, ele tem certeza de que ele não é o culpado e sai de seu mundinho parado e rotineiro para aventurar-se na missão de provar a inocência de Wayne. 


    A leitura de Colin Fischer me chamou atenção pela maneira como a doença é descrita e como é caracterizado o personagem. Fica muito fácil entender, através da história, os limites e possibilidades de uma criança/adolescente com Asperger. O livro também toca em outros pontos interessantes como a superproteção dos pais e em como, muitas vezes, é necessário arriscar para que se possa conseguir avanços. Neste ponto, merece destaque a figura do professor de Educação Física, Sr. Turrentine, que mesmo tendo em mãos uma dispensa médica liberando Colin das aulas de Educação Física, aposta nas possibilidades do garoto. 

    O livro é informativo, leve, divertido e encantador! A diagramação é fofa  e os começos de capítulo são esclarecedores e nos aproximam muito do personagem, pois são escritos em primeira pessoa. Colin uma figura apaixonante e a história me deixou com vontade de ler mais! Recomendo! 

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