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  • Noites Italianas, Kate Holden

    Por Adriana Lisboa


    Noites Italianas nos traz  a história de Kate,  que sai de sua terra natal, a Austrália,  e decide buscar novos rumos para a sua vida na Itália. Kate vai em busca de novas aventuras, mas principalmente em busca de si mesma e de um encontro com o que é e o que pode vir a ser. Apesar de o livro ser narrado em terceira pessoa, trata-se de uma autobiografia. Kate queria um final diferente para sua vida, por isso partiu para Itália em busca de si mesma e do amor. Queria esquecer o passado e começar uma nova vida. Seria um recomeço.

    O livro apresenta um pouco de sua vida e de suas experiências com a droga e a prostituição. A personagem é construída de uma forma confusa, pois apresenta uma valentia em alguns momentos e em outros uma passividade e simplicidade que chegam a incomodar. Kate tem pena de si mesma e faz todas as escolhas erradas, tenta buscar um “novo” futuro, um rumo diferente para sua vida, mas vive com os pés no passado. Entrega-se a homens aleatórios, depois se pergunta se é uma mulher fácil. Kate é uma contradição ambulante, aprendeu com Jack (com quem ela tem um caso, já que ele é casado) a ter autoconfiança, mas tem problemas em demonstrar essa confiança em si mesma.

    Em alguns momentos Kate parece ter encontrado o que buscava, o seu eu escondido, mas sem nenhum precedente caí novamente na melancolia. Conhece Gabriele e tudo se transforma, ela se vê feliz e satisfeita por ter encontrado alguém que a ama e não a julga pelo seu passado, até o dia em que alguns acontecimentos mudam o seu futuro...

    Achei a diagramação boa. Os capítulos são curtos e de fácil leitura. O livro é dividido em sete partes e cada parte leva o nome do personagem que se destaca naquele capítulo. Gostei de como a personagem Kate evoluiu no decorrer do livro. Deixou de ser tão dramática e “chorona”.  Claro, ela continua chorando bastante, mas não chega a ser tão chata quanto no inicio da narrativa. A narrativa inicia de forma bem lenta, chegando a deixar a leitura cansativa.

    As interações de Kate com Jack são chatas, a maior parte do tempo ele a repreende e julga seu comportamento e suas atitudes.  Kate, por sua vez só se desculpa e chora e ele sempre a faz se sentir culpada por tudo e no final tudo se encerra com uma transa. A relação deles se resume a ele tentando manter a pose de homem respeitável enquanto ela (Kate) é a mulher com quem ele tem um caso, menosprezando-a em alguns momentos. Tudo melhora para Kate, depois que ela e Jack terminam, ele era um atraso na vida dela (minha humilde opinião).


    De todos os homens que Kate teve, os que mais gostei foram Massimo e Nanni, eram divertidos e loucos, foi depois que eles apareceram que o livro melhorou, tomou um ritmo mais “alegre” e “divertido”. Gostei bastante do Gabriele também e da Donatella.  Noites Italianas é uma leitura que pode servir como um passatempo, mas peca na estruturação dos personagens e no ritmo que a narrativa é construída. 

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